sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ei você


Ei você, por que ainda se importa?
Se você bem sabe que um dia a verdade bate a tua porta.
Que você surta e ninguém se importa
e no fim acabará morta;

Ei você, desligue esses sentimentos,
todos se aproveitarão deles
Você nunca sabe dizer um não
e no fim acabará jogada no chão;

Ei você, não precisa desistir, só ignore
Deixe-os pensar que você é forte
Que é resiste até à morte
e por fim obterá alguma sorte;

Ei você, só lembre de demonstrar indiferença
Não deixe que neles brote esperança
Que isso é coisa de criança
e no fim obterá alguma mudança;

Ei você, esqueça tudo o que eles dizem
Não siga os seus palpites
E descubra os seus calcanhares de Áquiles
e por fim jamais vaciles


A propósito, publiquei uma playlist no "Reforma Auditiva", ouçam> http://reformaauditiva.blogspot.com/2013/02/playlist-pro-feriadao.html

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Complô


Você diz que eu mudei. Diz que estou me escondendo numa névoa de ironia e não consegue mais contato direto com quem eu sou, mas a verdade é que a mudança ocorreu quando te conheci. Era cercada por uma barreira que você  foi capaz de demolir com palavras doces e falsas, a proteção caiu e fique exposta à humanidade, e o pior: sem você.
Sem saber como agir, fui ferida várias e várias vezes, jurei nunca mais me apegar a ninguém, porém já era tarde. Aos poucos consegui me erguer e iniciar a construção de um muro, voltar a ser a pessoa reclusa em seu mundo próprio e não me importar com mais nada. O muro foi construído, tentei desligar a sensibilidade e voltar a ser a pessoa entorpecida de antes, já era tarde.
Mesmo que a falta de sentimentos não fosse real, e eu ainda me importasse com as pessoas, com o mundo e com você, iniciei a farsa, mantive a aparência de descasso e aos poucos consegui uma fina camada de gelo cobrindo meu coração. Tudo estava correndo bem, de uma forma racional e fria reconfortante, então você reaparece.
Reaparece, e instantaneamente meu cérebro começa a operar as lembranças, meu coração começa  a doer ao relembrar o abandono e covardemente eles se unificam para abrir uma entrada no muro para você. Meu mundo começa a desmoronar, vejo meu castelo sendo invadido e saqueado e quando tudo acaba o que fica é você, por um complô covardemente arquitetado pelo meu coração e cérebro.